ESTUDO V

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“O MISTÉRIO QUE ESTEVE OCULTO DOS SÉCULOS, E DAS GERAÇÕES, MAS AGORA FOI MANIFESTADO AOS SEUS SANTOS” 
― COLOSSENSES 1:26, IBB.

 

Tênue luz da Primeira Promessa ― A Promessa feita a Abraão ― A esperança retardada ―  O Mistério principia-se a revelar desde Pentecostes ― O que é este Mistério? ― Por que foi um Mistério tanto tempo? ― Todavia é um Mistério para o mundo ― A seu tempo sera manifestado a todos ― Cumprir-se-á, Então, o Mistério de Deus.

 

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Lançados fora de Éden

     ENQUANTO que a humanidade se encontrava sob a disciplina do mal e incapaz de perceber a sua necessidade, repetidamente Deus manifestou seu propósito de abençoá-la por meio de um libertador. Não obstante, e por mais de quatro mil anos foi um mistério quem havia de ser esse libertador, e só começou revelar-se depois da ressurreição de Cristo, no princípio da era cristã ou Idade Evangélica.

     Voltando ao tempo em que nossos primeiros pais perderam a vida e sua felicidad edênica, contemplamos os sob justa penalidade do pecado, cheios de dor e sem um raio de esperança, a não ser o derivado pela incompreensível promessa de que a descendência da mulher ferirá a cabeça da serpente. 

      Ainda que para nós, à luz dos acontecimentos posteriores, tal promessa está cheia de significado, para eles foi apenas uma luz tênue e incerta. Cerca de dois mil anos transcorreram sem a menor indicação de seu cumprimento.


Abraão e Isaque

     Aproximadamente dois mil anos depois, Deus chamou o Abraão e lhe prometeu que em sua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Isto parecia indicar que Deus mantinha seu propósito previamente expressado, i que estava a ponto de realizá-lo. 

     Passou o tempo; Abraão ainda não se achava em possessão da prometida terra de Canaã; tanto ele como Sara estavam envelhecendo e não tinham descendência. Abraão raciocinou que devia ajudar a Deus cumprir sua promessa, e, como conseqüência, nasceu Ismael. 

     Entretanto, sua ajuda era desnecessária, porque a seu tempo nasceu Isaque, o filho da esperança e da promessa. Aparentemente, o prometido governante e dispensador de bênçaos para todos havia chegado. Mas não; os anos se deslizaram e sob todas as aparências a promessa de Deus havia fracassado, porque Isaque morreu e também seu herdeiro Jacó.

      Apesar de tudo, alguns retiveram sua fé, a qual Deus reanimou, porque “do pacto que fez com Abraão”, do seu juramento que fez a Isaque; o qual também a Jacó confirmou ... e “a Israel por pacto eterno”. 1 Crônicas 16:16, 17, IBB.

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Escravidão

     Quando na morte de Jacó, pela primeira vez, aos seus descendentes foi dado o nome AS DOZE TRIBOS DE ISRAEL, e foram reconhecidos por Deus como um “povo escolhido” (Gênesis 49:28; Deuteronômio 26:5), então a expectativa de que esta nação em sua totalidade e como a prometida descendência de Abraão havia de tomar possessão de Canaã, para governar e abençoar o mundo, parecia achar-se em vésperas de cumprimento; porque sob a proteção e favor do Egito, veio a ser ali uma nação grande, forte e numerosa. 

     Mas, quando os egípcios, depois de dominá-los os tiveram cativos por um longo período de tempo, murchou-se sua esperança, e a promessa foi lançada ao esquecimento quase por completo.

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Moisés

     Certamente que as promessas de Deus se achavam ocultas em mistério, e seus caminhos pareciam quase incompreensíveis. No entanto, a seu tempo veio Moisés, quem foi um grande libertador por cuja mão, e fazendo grandes milagres em seu favor, Deus os sacou de sua escravidão. 

     Sem haver entrado em Canaã, este grande libertador morreu, mas antes, como mensageiro de Deus, declarou: “Suscitar-vos-á o Senhor vosso Deus, dentre vossos irmãos, um profeta semelhante a mim”. (Deuteronômio 18:15; Atos 3:22, IBB) 

     Tal revelação permitiu perceber algo mais do plano de Deus, demonstrando que não somente a nação, em sua totalidade, se acharia associada de alguma maneira com a futura tarefa de governar e abençoar o mundo, senão que além disso, dentre eles, um os conduziria à vitória e ao cumprimento da promessa. 

     Logo a Josué, cujo nome significa salvador ou libertador, lhe tocou ser seu guia; com ele sob o seu comando alcançaram algumas vitórias, entrando por último na terra prometida no pacto. Indubitavelmente pareceu então que havia chegado o esperado guia, e que a promessa estava para cumprir-se em sua totalidade.

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Rei Davi

     Todavia Josué morreu, e eles como nação muito pouco progrediram até que Davi, e logo Salomão foram seus reis. O zênite de sua glória havia chegado, mas muito em breve, em vez de ver a promessa cumprida, foram despojados de seu poder e feitos tributários de outras nações. 

     Apesar de tudo, alguns persistiam em crer na promessa feita por Deus e esperavam o grande libertador de quem Moisés, Josué, Davi e Salomão foram tão-somente típicos.

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Simeão e Jesus

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A Pascoa

 

 

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Jesus e Tomé

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Jesus e Discípulos indo para Emaús

     Aproximadamente nos dias em que nasceu Jesus, todos se encontravam em expectativa do Messias, o futuro rei de Israel, e através de Israel rei do mundo inteiro: No entanto, suas esperanças de glória e honra do seu esperado rei, inspiradas por profecias que tratavam de sua grandeza e de seu poder, os conduziram a descuidar-se de outro grupo de tipos e de profecias que assinalavam sua obra de sofrimento e de morte como resgate pelos pecadores, inteiramente indispensável antes de que pudessem vir as bênçãos. 

     Essa obra de sofrimento e de morte se achava prefigurada na Páscoa antes de serem libertados do Egito; na degolação de animais quando se fez o pacto da lei (Hebreus 9:11-20, IBB; 10:8-18), e nos sacrifícios expiatórios levados a conclusão anualmente pelos sacerdotes. 

     Também passaram por alto as palavras dos profetas que prediziam “os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir”. (1 Pedro 1:11, IBB) Portanto quando Jesus se apresentou como sacrifício, não o reconheceram; não conheceram o tempo da sua visitação. (Lucas 19:44) 

     Até os seus próprios seguidores ficaram perplexos quando morreu, e diziam tristemente: “Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel”. (Lucas 24:21, IBB) Aparentemente, sua confiança Nele estava mal depositada. 

     Não notaram que a morte de seu guia era a garantia do Novo Pacto sob a qual as bênçãos haviam de vir, sendo por conseguinte um cumprimento parcial do pacto da promessa. 

     Logo, quando souberam que havia levantado do túmulo, suas murchadas esperanças renasceram (1 Pedro 1:3), e quando estava para deixá-los, lhe perguntaram acerca do que concernia à esperança por tanto tempo desejada e dilatada; dizendo: 

“Senhor, é neste tempo que restauras o reino a Israel?” 

     Que suas esperanças em parte eram corretas, ainda quando não podiam saber em que tempo se cumpririam, está evidenciado pela resposta de nosso Senhor: 

“A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade.” ― Atos 1:6, 7, IBB.

 

 

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Pentecostes

     Depois da ascensão, provavelmente seus discípulos perguntavam: que direção tem tomado o Plano de Deus? Devemos recordar que os ensinos do Senhor concernentes ao Reino, em sua maior parte foram apresentados em parábolas e enigmas. 

     Ele lhes havia dito: “Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora. Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade”, “esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito”. (João 16:12, 13, IBB; 14:26, IBB) 

     De maneira que muito pouco podiam entender antes de que viesse a bênção de Pentecostes.

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Pregando aos Pagãos

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“Um povo para o seu Nome” — Uma Noiva

     Ainda então, muito tempo passou antes de que alcançaram um entendimento claro e pleno da obra em desenvolvimento e de sua relação com o pacto original. (Atos 11:9; Gálatas 2:2, 12, 14) 

     Mas antes de compreender as coisas plena e claramente, falaram inspirados por Deus, e suas palavras inspiradas, com toda probabilidade foram expressões da verdade mais claras e profundas do que eles mesmos pudessem totalmente compreender.

      Para comprovar o anterior, somente temos que ler o discurso de Tiago quando disse: 

“Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios para tomar dentre eles um povo para o seu Nome [uma noiva para seu Filho]. 

“E com isto concordam as palavras dos profetas, como está escrito: Depois disto [quando for tomado este povo dentre os gentios] voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído; [o domínio terrestre] reedificarei as suas ruínas, e tornarei a levantá-lo”. ― Atos 15:14-16, IBB.

 

 

 

 

Qual é o grande mistério oculto de Deus?

 

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 “Cristo” significa “Ungido”

     Ao ser o Evangelho enviado por meio de Pedro ao primeiro convertido gentio, e por meio de Paulo aos gentios em geral, Tiago pôde perceber que na providência de Deus, durante esta idade os crentes, tanto judeus como gentios, seriam igualmente favorecidos. 

     Buscando nas profecias viu que isto estava escrito, e além disso, que quando se completasse a obra desta Idade Evangélica, então se cumpririam as promessas feitas a Israel carnal. O mistério por tanto tempo oculto começava a vislumbrar-se por uns poucos ― os santos, os “amigos” especiais de Deus.

     O apóstol Paulo (Colossenses 1:27, IBB) declara que este mistério que esteve oculto dos séculos e das gerações, mas agora foi manifesto aos seus santos, é

“Cristo em vós, a Esperança da Glória”.

     Este é o grande mistério de Deus que esteve oculto em todas as Idades anteriores, e que todavia está oculto a todos, com exceção feita de uma classe especial composta de santos ou crentes consagrados. Mas, o que tem de significar “Cristo em vós”

     Nós estamos informados de que Jesus foi ungido com o Espírito Santo (Atos 10:38), e assim o reconhecemos como o Cristo ― o Ungido ― porque a palavra Cristo significa ungido. O apóstolo João disse que a unção que nós (os crentes consagrados) temos recebido, permanece em nós. (1 João 2:27)

      De maneira que os santos da Idade Evangélica são uma companhia de ungidos (ungidos para serem reis e sacerdotes de Deus ― 2 Coríntios 1:21; 1 Pedro 2:9) e junto com Jesus, seu líder e Senhor, constituem o Ungido de Jeová ― o Cristo.

“O Cristo” ... não um membro, mas muitos. 1 Coríntios 12:14

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     Em harmonia com o ensino de João com respeito a que também somos ungidos, Paulo assegura que este mistério, guardado em segredo nas idades passadas, mas o qual agora é conhecido pelos santos, é o fato de que o Cristo (o Ungido) “não é um membro, mas muitos”. 

     Porque assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo ― o Ungido. (1 Coríntios 12:12-28, IBB) Jesus estava ungido como a Cabeça ou Senhor sobre a Igreja que é seu corpo (ou sua esposa, como está expressado em outra figura ― Efésios 5:25-30), e unidos formam a Descendência” prometida ou seja o grande Libertador. 

“E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” ― Gálatas 3:29.

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Eu sou a videira; vós sois as varas.” ― João 15:5

     O mesmo Apóstolo guarda a Igreja cuidadosamente contra toda classe de pretensões presunçiosas, dizendo de Jesus que 

“Deus sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à Igreja, que é o seu corpo”, “para que em tudo tenha a preeminência”. (Efésios 1:22, IBB; Colossenses 1:18, AL; IBB) 

     Não obstante, e sob figura de um corpo humano, ele também, de uma maneira muito formosa e convincente assinala nossa relação íntima. 

     Esta mesma unidade a ensina Jesus dizendo: 

“Eu sou a videira; vós sois as varas.” ― João 15:5, IBB.

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A principal pedra angular é uma pirâmide perfeita.

    A figura de uma pirâmide belamente ilustra nossa unidade com o Senhor como membros de Cristo, a companhia de ungidos.

     A “pedra angular” em si mesma é uma pirâmide perfeita. Debaixo dela se pode colocar outras pedras e se estão em harmonia com suas linhas características, tudo constituirá uma pirâmide perfeita. 

     Quão formosamente ilustra isto nossa posição como membros da “Descendência” ― “o Cristo!” Como pedras vivas nós nos encontramos unidos com o nosso Cabeça e em perfeita harmonia com ele, seremos perfeitos; separados dele, nada somos.

 

 

 

 

 

 

A PEDRA PRINCIPAL, 
ELEITA E PRECIOSA

     Jesus, o perfeito, foi exaltado soberanamente, e agora, com o objetivo de sermos modelados e conformados de acordo com seu exemplo, nós nos apresentamos a Ele para sermos edificados como um edifício de Deus. 

     E um edifício comum e corrente não tem necessidade de uma principal pedra angular, mas neste se requer uma para ser colocada em sua parte superior, como “a cabeça da esquina”, conforme está escrito: 

“Eis que ponho em Sião uma principal pedra angular, eleita e preciosa”; 

― “e chegando-vos para Ele pedra viva, ... vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios* aceitáveis a Deus por Jesus Cristo”. (1 Pedro 2:6, 4, 5, IBB) 

      Abrigamos a esperança de que muito em breve será completada a união entre Jesus, “o Cabeça”, e a “Igreja, que é seu corpo”.

 


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“Humilhai-vos”

     E sob a direção do Grande Construtor, muitos serão os golpes que para polir-nos teremos que sofrer; muitas serão as transformações que hão de levar-se a efeito em nós, e uma grande quantidade de semelhança do modelo será a que teremos que desenvolver. 

     Com o objetivo de que a habilidade e a grandeza de concepção do Edificador possa demonstrar-se em nós, devemos certificar-se de que não existe em nosso ser uma vontade contrária que pode opor-se a sua para estorvar o cumprimento dela; devemos ser humildes e ter a disposição de um menino ― “cingi-vos todos de humildade ... porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. 

     Portanto, humilhemo-nos “debaixo da potente mão de Deus”, para que a seu tempo nos enalteça, de maneira que exaltou o nosso Precursor e Cabeça. ― 1 Pedro 5:5, 6, AL; Filipenses 2:8, 9.

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     Esta é verdadeiramente uma maravilhosa mensagem, e ao acudir à Palavra de Deus para inquirir o concernente a nossa vocação celestial, achamos que todos os profetas em eloqüentes términos proclamam a graça [o favor ou bênção] que para nós era destinada (1 Pedro 1:10); além disso, os tipos, as parábolas e os mesmos enigmas, sendo agora luminosos, derramam sua luz sobre “o caminho estreito” em que a companhia de ungidos [o Cristo] é chamada a correr para alcançar o prêmio que agora já podemos discernir.  

     O fato de que Deus intenta levantar não somente um libertador, mas um composto de muitos membros, era em verdade um mistério nunca imaginado. Esta é a chamada ou “vocação celestial” a que crentes consagrados da Idade Evangélica têm o privilégio de aspirar. Jesus não quis revelar o mistério a seus discípulos enquanto foram homens naturais, senão que esperou até que no dia de Pentecostes foram ungidos ou gerados à nova natureza. 

     Da explicação que dá Paulo, deduzimos que unicamente as “novas criaturas” podem apreciar ou compreender esta vocação celestial. 

     Suas palavras são: “falamos a sabedoria [o plano] de Deus em mistério, que esteve oculto, a qual Deus preordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes (principais) deste mundo compreendeu; ... como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito”. — 1 Coríntios 2:6-14, IBB.

O Cristo (Cabeça e Corpo) é a “descenência de Abraão” que há de abençoar a todas as famílias da terra.

     O apóstolo Paulo em sua epístola aos Gálatas expõe o mistério inteiro e assinala como há de cumprir-se o Pacto Abraamico. 

     Ele demonstra que a lei dada a Israel não invalida o Pacto original (Gálatas 3:15-18, IBB), e que é Cristo (versículo 16) o descendente de Abraão que abençoará a todas as famílias da Terra. 

     Logo, levando adiante o ponto aludido de que o Cristo está composto de todos os ungidos do Espírito, acrescenta:

 

“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo. ... E, se sois de Cristo, então [junto com Jesus] sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” (versículos 27, 29, IBB)

 

 

 

 

Porque é que tem sido necessário guardar oculto o mistério?

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“Eis o Homem”

     Continuando pela mesma linha de raciocínio, mostra (Gálatas 4) que Abraão foi típico de Jeová; que Sara foi do pacto da promessa, e que Isaque tipificou o Cristo (cabeça e corpo); por último acrescenta: “Ora vós, porém irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque.” (versículo 28) 

     De tal maneira o plano de Deus esteve oculto em tipos até que a Idade Evangélica deu começo ao desenvolvimento do Cristo.

     Há existido uma necessidade de manter este mistério oculto, porque se não fosse assim, não se teria guardado em segredo. Se fez necessário por simples razão de que ao revelá-lo seriam frustrados seus fins. 

     Porque se tivessem compreendido, não teriam crucificado o Senhor da glória, e nem teriam perseguido a Igreja que é seu corpo. (1 Coríntios 2:8, IBB) 

     Se não fosse guardado oculto para o mundo o plano de Deus, não somente a morte de Cristo como preço da redenção humana seria dificultada, mas também além disso teria impedido as provas de fé da Igreja como partícipe dos sofrimentos de Cristo;

 “Por isso o mundo não nos conhece (como co-herdeiros com Cristo); porque [pela mesma razão que] não o conheceu a ele mesmo.” — 1 João 3:1, IBB.

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    Não somente o plano de Deus, e o Cristo, que é a personificação desse plano, constituem um mistério para o mundo, mas também além disso, a conduta peculiar que este pequeno rebanho está convidado a seguir, destingue os seus membros como um “povo adquirido”. 

     O que uma pessoa de tanta habilidade como a possuída por Jesus de Nazaré, em vez de dedicar sua atenção à política ou às leis, ao comércio ou à religião popular, onde teria alcançado admiração e respeito, dedicasse seu tempo e talento de maneira que o fez, foi em verdade um mistério para o mundo. 

     Sob o ponto de vista humano, Ele gastou inutilmente sua vida, e até diziam Dele: “tem demônio e enlouqueceu”. Não puderam compreendê-lo; sua vida e seus ensinos foram um mistério para eles.

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Paulo perante Agripa

      Também os apóstolos e os que a estes seguiam foram homens misteriosos para o mundo; o povo admirava-se de que haviam abandonado seus próprios interesses e outras coisas para predicar o perdão dos pecados por meio da morte do desprezado e crucificado Jesus. 

     Paulo renunciou a uma posição elevada e a sua influência social para em troca trabalhar com suas próprias mãos, com o fim de poder predicar o Cristo e a coroa invisível prometida a todos os crentes que andarem nas suas pisadas. 

     Seu proceder foi tão misterioso que alguns lhe disseram: “Estás louco Paulo, as muitas letras te fazem delirar.” 

     E como Paulo, todos os que seguem as pisadas do Mestre são contados entre os insensatos por causa de Cristo.

O Plano de Deus não será sempre oculto em mistério.

 

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     Vemos não obstante que o plano de Deus não estará sempre oculto em mistério; não, a aurora do Dia Milenar traz luz plena da parte de Deus aos homens, e muito em breve “a terra se encherá do conhecimento do Senhor”. 

     O Sol da Justiça que nascerá trazendo curas nas suas asas e que há de dissipar todas as trevas, é o Cristo em glória Milenária, composto não somente pela cabeça, senão também por todos os membros do seu corpo, porque está escrito: Se com ele padecemos, também com ele seremos glorificados.

      “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestarei com ele em glória.”  

      “Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai.” — Romanos 8:17; 2 Timóteo 2:11, 12; Colossenses 3:4, IBB; Mateus 13:43.

Deus derramará o seu “Espírito sobre toda a carne ...” Joel 2:28

 

     Agora a todos, excetuando uns poucos que ao receber “a mente de Cristo”, hão sido gerados a uma mente nova, as promessas que cremos e as esperanças que alimentamos parecem pouco menos que imaginárias, demasiado improváveis para merecer crédito ou para proceder conforme elas.  

     Quando na idade próxima Deus derramar “seu Espírito sobre toda a carne” de maneira que no tempo presente o derrama sobre os “seus servos e servas”, então todos compreenderão e apreciarão as promessas que agora são compreendidas pelo “pequeno rebanho”; também se regozijarão por causa da obediência da Igreja e de sua exaltação; sua alegria expressarão dizendo:

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"“Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou”. (Apocalipse 19:7, IBB)


 
    Se alegrarão pela glorificação da Igreja, porque por meio desta serão derramadas as bênçãos reservadas para eles; apesar de que perceberão que “as preciosas e grandíssimas promessas dadas pelo Ungido (a Cabeça e o corpo) não lhes pertencem, mas que já se cumpriram nestes, neste interim, a lição ilustrada pela Igreja resultará numa bênção para aqueles; e enquanto correm em busca das bênçãos então oferecidas a eles, tirarão proveito do exemplo da Igreja, e glorificarão a Deus por sua causa. 

     O conhecimento que terão destas promessas não causará-lhes inveja, porque a chamada para a natureza humana perfeita que sob essa nova ordem de coisas estará a seu alcance, calmará seus anelos e lhes será mais preferível do que uma mudança de natureza.

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     Cumprir-se-á, então, o “mistério”; porque o mundo conhecerá de que era o Espírito de Deus em Cristo, e o Espírito de Cristo em nós — Deus manifestado na carne — e que até então não conseguiram entender. 

     Ao chegar esse tempo, eles se darão conta de que quando corríamos em busca das riquezas, das honras, e da coroa, para eles invisíveis mas seguras e eternas, não estávamos loucos nem fomos insensatos, senão que escolhemos a parte melhor.


 

 

 

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    Em o que ao tempo se refere, o mistério de Deus finalizará durante o período da sétima [simbólica] trombeta. (Apocalipse 10:7) Isto se aplica ao mistério em dois sentidos em que se usa a expressão: o mistério (os delineamentos secretos do plano de Deus), será conhecido e discernível: também o será “o mistério de Deus”, a Igreja, a personificação desse plano. 

     Ambos terão terminado para esse então. O plano secreto e oculto terá logrado conseguir o número suficiente e completo de membros do corpo de Cristo, e portanto, o CORPO DE CRISTO estará completado. O mesmo plano deixará de ser um mistério, porque não haverá motivo algum para perpetuar o seu segredo. 

     A grandeza do mistério por tanto tempo guardado e oculto em promessas, tipos, e figuras, e o excessivo favor outorgado aos chamados para participarem em tal dispensação do mistério (Efésios 3:9), faz nos deduzir que a obra que em continuação há de empreender-se, e para a qual por seis mil anos Jeová tem mantido a humanidade em esperança e expectativa, deve ser uma obra grande e admirável, uma obra digna de semelhantes preparativos. 

     Se não devemos de esperar, que para o mundo quando apartar-se o véu do mistério, desçam sobre ele chuvas de bênção! Em espera de que o mistério se complete é que toda a criação, conjuntamente, geme sob o peso da dor até agora; e aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus, a prometida descendência por meio da qual todos serão abençoados. — Romanos 8:19, 21, 22.

 

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